O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com o apoio da Polícia Militar, realizou diligências para o cumprimento de sete mandados de prisões temporárias contra vereadores, ex-vereadores e outras pessoas e 34 mandados de buscas apreensões nesta terça-feira (31/7). As ações ocorreram no âmbito da segunda fase da Operação Pândega, cujo objetivo é desarticular organizações criminosas compostas por agentes públicos e empresários de Igarapava.
A primeira fase da operação foi deflagrada no dia 10 de julho, quando houve seis prisões temporárias e ainda o cumprimento de 32 mandados de buscas e apreensões. Entre os presos, estavam os irmãos Carlos Augusto Freitas e Sérgio Augusto Freitas, ambos ex-prefeitos do município. Os dois continuam detidos.
No transcorrer da investigação, os promotores de Justiça descobriram que os vereadores passaram a receber, desde 2013, uma espécie de mensalinho para formar a maioria da Câmara Municipal e, assim, conferir apoio político ao então prefeito Carlos Augusto Freitas.
No período de 2013 a 2016, a organização criminosa fraudou procedimentos licitatórios e superfaturou contratos mantidos com o município com o intuito de levantar recursos para pagar vantagens indevidas aos vereadores. Em contrapartida, os vereadores aprovaram projetos de lei prejudiciais à população, tendo como resultado um imenso déficit no Orçamento da cidade.
A operação ocorreu nas cidades de Igarapava, Rifaina, Ribeirão Preto, Delta, Uberaba e Uberlândia, contando com o apoio dos Gaecos destas duas cidades mineiras, bem como da PM paulista e da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais.