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Thursday , 09 de august de 2018

Segurança institucional de membros e servidores é abordada em evento no MPSP

Elemento humano é um dos pontos de vulnerabilidade
Elemento humano é um dos pontos de vulnerabilidade

joão santa terra

“O elemento humano é um dos pontos de vulnerabilidade quando o assunto é segurança institucional”, afirmou o secretário-executivo da Procuradoria-Geral de Justiça, Fábio Bechara, na abertura do “Mês de Segurança Institucional do Ministério Público de São Paulo”, que teve início na manhã desta quinta-feira (9/8), na sede da instituição, no centro da capital. O evento foi transmitido online para todo o Estado.

Partindo dessa premissa, Bechara lembrou hábitos corriqueiros na rotina que refletem essa afirmação e deixam tanto o profissional quanto a instituição vulneráveis, como quando a pessoa sai para almoçar e deixa o computador aberto, ou com senhas anotadas em post-it afixadas no próprio equipamento, quando processos reservados e com informações sigilosas não são guardados em gavetas trancadas no final do expediente ou quando são utilizadas senhas simples de acesso a computadores e que não são trocadas com regularidade.

“São necessárias mudanças para adquirirmos a cultura de proteção e preservação de dados e de pessoas”, reforçou o secretário. “E isso não se faz do dia para a noite. É um processo de aculturamento”, completou ele. O uso do crachá, o controle de acesso de veículos, das portarias, informações sobre empresas terceirizadas que prestam serviços para o MPSP, reserva de dados pessoais dos integrantes da instituição, assinatura de termo de confidencialidade por quem trabalha com processos sigilosos ou que lida com informações sensíveis também fazem parte do pacote lembrado por Bechara ao abordar o tema.

Segundo ele, se esses hábitos não forem incorporados na rotina é preciso lembrar que, não só membros e servidores estarão expostos, como a própria instituição ficará fragilizada. “Temos que pensar que somos agentes públicos. Estar atentos aos conteúdos que postamos nas redes sociais. Na internet, mesmo em nossos espaços privados, estamos refletindo o nome da instituição e, dependendo da mensagem, pode provocar danos irreparáveis para a imagem do Ministério Público”, afirmou Bechara. 

Para reforçar a preocupação da atual gestão com o tema, o subprocurador-geral de Justiça de Planejamento, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, disse que até o início de setembro a carteira funcional de membros e servidores vai migrar para o ambiente virtual, podendo ser acessada pelo celular, o que irá garantir maior segurança aos integrantes do MPSP. “Qualquer política institucional deve passar pela segurança de todos”, afirmou. Já Mário Sarrubbo, subprocurador-geral de Justiça de Políticas Criminais e Institucionais, ressaltou que garantir a segurança de membros e servidores em todos os momentos de suas atuações é uma das prioridades do MPSP.

Para falar sobre os cuidados necessários que se devem tomar quando o assunto é a segurança nas redes sociais e com a navegação na internet, o promotor de Justiça João Santa Terra, assessor de Segurança Institucional, convidou o delegado José Mariano de Araújo Filho, especialista em crimes cibernéticos, para ministrar a palestra de abertura. De acordo com Santa Terra, até o final do mês será concluído o Plano de Segurança Institucional do MPSP.

A autoridade policial falou sobre prevenção pessoal no mundo tecnológico e como lidar com os cibercrimes no dia a dia. Ele abordou a segurança de computadores ou redes e deu exemplos de fraudes e golpes e demonstrou ainda as formas pelas quais os criminosos que agem na internet capturam informações sobre as vítimas em seus perfis pessoais nas redes sociais. “O Brasil é o segundo país no mundo com maior número de crimes cibernéticos, ficando atrás apenas da China. Isso afeta cerca de 62 milhões de pessoas e causa prejuízos em torno de R$ 22 bilhões no mundo”, afirmou o delegado. Segundo ele, só em 2011, 420 milhões de pessoas foram vítimas de cibercrimes.  

O evento será encerrado dia 29 e durante todo o mês de agosto serão abordados temas como direção defensiva e evasiva, segurança pessoal, proteção balística para membros do MPSP e da magistratura (blindagem), capacitação teórica em armas de fogo e proteção de informações sensíveis do Ministério Público.

Também participaram da abertura do “Mês de Segurança Institucional do Ministério Público de São Paulo” o secretário do Conselho Superior, Olheno Scucuglia, o diretor-geral do MPSP, Ricardo Leonel, e o juiz do Tribunal de Justiça Militar Antônio Augusto Neves.    


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