Ivan Felis dos Santos, 30 anos, foi condenado nesta quarta-feira (22/8), pelo Tribunal do Júri em Guarulhos, a 21 anos de reclusão em regime inicial fechado pela prática de homicídio duplamente qualificado (com recurso que dificultou a defesa da vítima e contra policial militar em razão de suas funções) contra Wanderson Silva Correa, de 37 anos, que estava de folga no dia do crime, em 2017. A condenação foi obtida pelo promotor de Justiça Rodrigo Merli. Os jurados acolheram todas as teses sustentadas pelo MPSP. 

No dia 2 de novembro de 2017, o réu conheceu a vítima por acaso em um bar no bairro Pimentas. Os dois beberam e conversaram. Durante a conversa, Santos descobriu que Correa era PM e escondeu seu desapreço pela carreira.

Em determinado instante, a vítima foi até o banheiro do estabelecimento, oportunidade em que Santos sacou sua arma, foi atrás de Correa e disparou três vezes à queima roupa, na região da cabeça.

Na sequência, pegou as chaves do carro do PM do bolso de sua jaqueta e fugiu com o automóvel. Antes de sair do bar, porém, não hesitou em falar para todos os presentes que havia feito aquilo porque a vítima era policial militar.

Durante as investigações, pessoas que estavam no estabelecimento reconheceram Santos como sendo a mesma pessoa que já havia praticado uma tentativa de homicídio contra o próprio pai. Esse fato foi pesquisado e gerou um processo criminal. Preso temporariamente em Taboão da Serra (para onde fugiu após o crime), foi submetido a reconhecimento pessoal por parte dos funcionários do bar, que o apontaram como o executor do crime contra o PM.