Ilso Paroshi, então prefeito de Neves Paulista, foi afastado do cargo nesta quinta-feira (28/9) após trânsito em julgado de ação que condenou o político à suspensão dos direitos políticos por três anos. A sentença, que determinou também o pagamento de multa no valor de  cinco vezes a remuneração recebida pelo agente público à época do mandato, foi prolatada em processo por improbidade ajuizado pelo Ministério Público de São Paulo.

De acordo com a Promotoria, Paroshi, durante seu primeiro mandato à frente da Prefeitura de Neves Paulista, perseguiu politicamente o funcionário Gilberto Donaire Mansano. Entre os atos cometidos com desvio de finalidade estavam a exoneração de cargo em comissão e a redução pela metade do salário do servidor. Além disso, Mansano foi coagido a tirar 30 dias de férias e, ao retornar, mais 90 dias de licença. Após o fim da licença, Mansano foi obrigado a cumprir jornada de trabalho em uma sala anexa ao Programa Saúde da Família, local que contava apenas com uma mesa e uma cadeira. Lá, o servidor apenas cumpria horário, sem receber nenhuma incumbência. 

Paroshi interpôs apelação ao Superior Tribunal de Justiça, porém a corte não deu admissão ao recurso.