Denunciados pelo MPSP, Jefferson Nery da Silva, Paulo Henrique de Souza Pires Sigoli, Valdir Bajano Júnior e Rodrigo de Aguiar Lopes foram condenados nesta quarta-feira (24/10) por homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, meio cruel e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima) cometido contra Anderson Ferreira. O crime aconteceu em março de 2012 na cidade de Campinas. A pena imposta pela Justiça foi de 19 anos de reclusão, a ser cumprida inicialmente em regime fechado.
Segundo a denúncia, assinada pelo promotor de Justiça Ricardo José Gasques de Almeida Silvares, todos os réus são torcedores do time de futebol Associação Atlética Ponte Preta, fazendo parte da torcida organizada denominada “Torcida Jovem Amor Maior da AAPP”. No dia dos fatos, ocorreu um jogo entre uma das equipes da Ponte Preta contra o time correspondente do Guarani Futebol Clube, em evento conhecido como “derbinho”. Terminada a partida, alguns torcedores do Guarani permaneceram conversando em frente a um dos portões do estádio de seu clube. Entre eles estava a vítima, que fazia parte da torcida organizada “Fúria Independente”.
Os condenados, assim como vários outros indivíduos, sabiam que torcedores do Guarani estavam nas proximidades do estádio do Guarani e, armados de pedaços de pau, ferros, pedras, bombas caseiras e rojões, seguiram na direção do local. Lá, teve início o confronto que vitimou Ferreira, morto após ser atingido por golpes de barras de ferro, pedaços de pau, socos e chutes.
Ainda de acordo com a denúncia, Ferreira foi atingido inclusive na cabeça, mesmo quando já estava caído e sem condições de reagir.
Os réus permanecerão em liberdade até o trânsito em julgado da condenação.