A procuradora de Justiça Tereza Exner será a primeira mulher na história da instituição a assumir a Corregedoria-Geral do Ministério Público de São Paulo. A chapa, formada por ela e por Motauri Cioccheti Souza, foi eleita por 249 membros do Colégio de Procuradores para exercer um mandato no biênio 2019/2020. Logo depois da proclamação do resultado feita pelo procurador-geral de Justiça, Gianpaolo Smanio, Tereza definiu a tarefa que lhe foi confiada pela instituição com a seguinte frase: "Sinto muito alegria e muita emoção".
A corregedora eleita fez questão de agradecer todos os que contribuíram para que, no novo cargo, possa cooperar ainda mais "para o aperfeiçoamento do Ministério Público", começando pelos colegas procuradores e procuradoras que a prestigiaram com o voto. Agradeceu também ao "amigo querido" Paulo Afonso Garrido de Paula, o atual corregedor, que há quatro anos apostou em seu nome para compor a chapa como vice. De acordo com Tereza, as qualidades jurídicas do corregedor "só são superadas por suas qualidades pessoais".
A corregedora eleita agradeceu a toda a equipe de assessores, formado por "promotores combativos". Disse também que "os funcionários zelosos e dedicados" foram fundamentais nos últimos dois mandatos para que a Corregedoria pudesse fazer o trabalho que fez. Agora, sustentou Tereza, a "competência profissional" de Motari, a quem agradeceu pelo fato de ter aceitado o convite para integrar a chapa, vai permitir que o desempenho da Corregedoria continue em alto nível.
"Quero agradecer a minha família, meu amado marido, companheiro de todas as horas", disse a corregedora eleita, citando também as filhas (Camila e Marina), o pai (Jorge) e os irmãos (Zeca e Mário). "Vieram de minha Corumbá os meus valores", asseverou. Emocionada, Tereza estendeu os agradecimentos a três mulheres que já partiram. "Ana Tereza, minha mãe, Amélia, minha avó, e minha tia Rosinha. A elas, fica o meu respeito eterno".
Tereza sublinhou o fato de o MPSP escolher uma mulher para responder pela Corregedoria no mesmo ano em que se comemora o 30º aniversário da promulgação da Constituição, "escrita com a ajuda de tantas mulheres". "A gente não termina e não inicia nada", observou a corregedora eleita, ao lembrar de inúmeras mulheres que ajudaram a construir a instituição. Ela destacou dois nomes: Zuleika Sucupira e Nair Cioccheti Souza, uma promotora aguerrida que ingressou na carreira nos anos 70 já com um filho de seis anos. Seu nome? Motari, eleito nesta quarta vice-corregedor do MPSP em uma chapa encabeçada por uma mulher.
As fotos da eleição podem ser conferidas neste link.