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Wednesday, 27 de february de 2019

Último acusado de tentativa de homicídio de duas jovens em Guarulhos é condenado a 42 anos

Eduardo de Oliveira tentou matar amante e amiga dela
Eduardo de Oliveira tentou matar amante e amiga dela

O promotor de Justiça Rodrigo Merli Antunes obteve, nesta terça-feira (26/2), no Tribunal do Júri de Guarulhos, a condenação de Eduardo José de Oliveira, por tentativas de homicídio. Os crimes foram cometidos contanto com a participação de Leonardo Amaro Pereira Ribeiro e de Kelly Gomes da Silva, já condenados a 36 anos de prisão. Oliveira foi julgado agora porque em 2018 recorreu da sentença que o mandou a júri popular. Ele foi condenado a 42 anos de prisão. 

Os réus são acusados de, no dia 25 de abril de 2017, terem tentado matar a vítima Tainara Belmont Leandro, somente não consumando o crime, como era a intenção inicial, por circunstâncias alheias à sua vontade. Oliveira desferiu chutes, socos e pedradas contra a vítima, enquanto Kelly e Ribeiro contribuíram com os propósitos do executor diretoe o acompanharam até o local do crime, não só encorajando Oliveira como também dando apoio moral durante toda a ação criminosa. Na mesma data, horário e local, Oliveira, Kelly e Ribeiro, valendo-se de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, agrediram violentamente também Monike Soares, com a intenção de matá-la. Novamente, o objetivo de matar a vítima não foi atingido por circunstâncias alheias às suas vontades. 

De acordo com o apurado, Oliveira mantinha união estável com Kelly, mas também era amante de Monike, que não sabia que ele era casado. Poucos dias antes dos fatos, Kelly descobriu a traição do companheiro e exigiu explicações. O marido disse que gostava da esposa e que a outra seria, nas palavras dele, “uma vagabunda”, e que preferiria ficar com a companheira. Como prova de amor à Kelly, Oliveira propôs matar Monike. O casal então decidiu armar uma emboscada para a vítima.
 

Solicitaram o auxílio de Ribeiro e partiram ao encontro de Monike, que acreditava que iria se encontrar somente com seu amante, Oliveira. Quando os três chegaram de automóvel no local marcado, Monike foi colocada no interior do veículo. Os réus levaram também a colega dela, Tainara, que a acompanhava na ocasião. Os três réus e as duas vítimas seguiram para um local ermo e escuro, quando teve início a execução de toda a barbárie. 

Primeiro, Oliveira levou Tainara para o lado de fora do carro e passou a agredi-la com chutes, socos e pontapés. Na sequência, utilizando-se das próprias mãos, tentou esganá-la por diversas vezes, reclamando, inclusive, que o pescoço da vítima era muito resistente e que não quebrava. Ato contínuo, pegou algumas pedras grandes e passou a jogá-las contra a cabeça da vítima, até que Tainara desfaleceu. 

Depois, sempre sob a vigilância e anuência de Kelly e Ribeiro, Oliveira retornou ao carro para buscar Monike, passando a fazer com ela o mesmo que já havia feito com Tainara. Ou seja, também a agrediu e deu pedradas na cabeça dela, não sem antes bater com a mesma em uma rocha. Nesse caso, Kelly e Ribeiro também participaram das agressões, executando a mesma conduta de Oliveira.

Como as vítimas aparentavam estarem mortas, os três deixaram o local e retornaram para suas residências para beber vinho. Oliveira ainda voltou ao local do crime para pegar o celular de Monike, porque se o aparelho fosse encontrado, a polícia iria descobrir que eles haviam marcado um encontro. Ele ainda tentou vender o celular, mas não conseguiu porque estava sujo de sangue.


Na manhã seguinte, Monike foi encontrada caída no local dos fatos e Tainara, dois dias depois,  sendo socorridas em hospitais da região, o que acabou salvando suas vidas. Monike ficou em estado vegetativo em uma cadeira de rodas e não fala até hoje. Tainara teve que fazer um enxerto na cabeça e ficou com cicatrizes no rosto.  Ela também teve bicheira nos ferimentos em função de ter ficado 48 horas em uma vala até que fosse encontrada e socorrida.


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