Denunciado pela Promotoria de Justiça de Piracicaba, um homem foi condenado na última sexta-feira (15/3) por ter discriminado uma portadora do vírus HIV e também pelo crime de ameaça, cometido contra a mesma mulher. O réu, que é ex-companheiro da vítima, foi sentenciado a um ano e quatro meses de reclusão, inicialmente em regime semiaberto, e ao pagamento de treze dias-multa pelo crime de discriminação contra pessoa soropositiva, e a dois meses e dezesseis dias de detenção pelo delito de ameaça.
De acordo com a denúncia, apresentada à Justiça pelo promotor José Eduardo Pimentel, o condenado manteve relacionamento com a vítima durante três anos e teve dois filhos com ela. À época dos crimes, o casal já estava separado. Apurou-se que o homem, em pelo menos 13 ocasiões, usou o aplicativo WhatsApp para enviar ameaças de morte à mulher. Ainda segundo a Promotoria, o réu se intitulava traficante, homicida e ladrão, e se dizia integrante de facção criminosa, fazendo com que a vítima acreditasse que tais ameaças poderiam se concretizar.
Além disso, com a finalidade de ofender a dignidade da ex-companheira, o réu divulgou que a vítima é portadora do HIV, pichando em um muro de Piracicaba o nome e a condição sorológica da mulher. Depois disso, a vítima perdeu o emprego. Durante a instrução do processo, foi descoberto que o próprio autor da discriminação foi quem transmitiu o vírus à vítima.