Desde a noite desta terça-feira (19/3), mais de uma centena de jovens do curso de sistemas da informação da Fiap estão debruçados sobre um desafio lançado pelo procurador-geral de Justiça, Gianpaolo Smanio, e pelo secretário-executivo da PGJ, Fábio Bechara: como tornar a pesquisa em bancos de dados utilizados em investigações do MPSP um processo mais simples e rápido. "A inovação se faz por meio desses projetos", afirmou Smanio, ao propor o desafio (ou challenge, como se costuma falar nas escolas de tecnologia) aos estudantes do terceiro ano.
A Fiap é uma instituição de enorme prestígio em sua área. Só no ano passado, mais de 30 empresas bateram à porta da faculdade em busca de soluções digitais. "A gente acredita muito em um aprendizado diferente", disse o presidente da faculdade, Gustavo Gennari. "De todos (os desafios) que a gente fez, esse é o mais importante. Pode mudar as nossas vidas e o país. Acho que se a gente estava buscando um propósito, a gente encontrou", argumentou Gennari.
O prêmio para o vencedor é de R$ 5 mil. Mas, para o deleite dos alunos, o presidente da Fiap, depois das apresentações de Smanio e Bechara sobre a atuação do MPSP, elevou a quantia para R$ 50 mil, caso a solução seja efetivamente implementada pela instituição.
Só no ano passado, o MPSP realizou mais de 50 mil pesquisas em incontáveis bases de dados. Isso demanda muito tempo. A ideia é automatizar esse processo, utilizando ferramentas como inteligência artificial. "É perfeitamente possível o setor público inovar", assinalou Bechara.
De acordo Wagner Sanchez, diretor acadêmico da Fiap, e o professor Agesandro Scarpioni, coordenador do projeto, o resultado do concurso sai em outubro. O interlocutor da faculdade no Ministério Público é o diretor do CTIC, Laércio Carrasco.
"O Ministério Público é responsável por uma mudança de mentalidade da sociedade. Juntos, vamos construir uma página histórica", afirmou Smanio.
Mais fotos do lançamento do desafio podem ser vistas aqui.