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Wednesday, 17 de april de 2019

Homem que matou ex-mulher em Guarulhos é condenado a 37 anos de prisão por feminicídio

O promotor de Justiça Rodrigo Merli atuou no Júri
O promotor de Justiça Rodrigo Merli atuou no Júri
Israel Higino Seragim de Morais foi condenado nesta terça-feira (16/4), após quase 12 horas de julgamento pelo Tribunal do Júri de Guarulhos, a 37 anos de reclusão. Ele foi acusado pelo MPSP por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio), bem como por fraude processual e destruição de cadáver. A denúncia foi elaborada pelo promotor de Justiça Danilo Roberto Mendes. O réu respondeu ao processo preso e continuará detido. O  promotor de Justiça que atuou no Plenário foi Rodrigo Merli Antunes.  
 
Morais foi casado com Michele Fiori por 10 anos. Moravam no Jardim Cumbica, Guarulhos. Se separaram no final de 2014. Ela o considerava imaturo, já tinha sido agredida por ele e desconfiava que pudesse ter sido traída. Por conta de terem dois filhos pequenos, ainda mantinham contato.
 
Ele nunca aceitou a separação e queria voltar. Ela se mantinha firme no propósito de se manter separada. Na data do crime, ele foi buscar os filhos em um dia de visitas e pediu para os garotos aguardarem dentro do carro, que estava estacionado na rua. Pediu um copo de água para a ex-mulher e entrou sozinho com ela na casa. Insistiu novamente para reatar, mas ela recusou por mais uma vez. Ele, então, sacou um revólver que trazia escondido e atirou contra a vítima, que foi atingida pelas costas no interior da cozinha.
 
Em seguida, Morais saiu da casa, entrou no carro onde os filhos já estavam e se dirigiu até a casa do ex-sogro para pegar um videogame para os meninos. Câmeras de segurança mostraram que ele chegou até mesmo a sorrir e a cumprimentar o pai da ex-mulher que havia acabado de matar e, na sequência, vai para a casa de seus pais deixar as crianças. 
 
Ato contínuo, diz que vai na sua casa trocar de roupa para poder retornar e almoçar com todos. No entanto, volta para a casa da vítima, enrola o corpo da ex-mulher em um tapete e o coloca no interior do automóvel dela. Antes de sair, limpa toda a casa e altera a cena do crime. Finalmente, sai no veículo da vítima com o corpo dentro, para em um posto de gasolina, compra combustível e procura um local ermo para estacionar e queimar o carro e o cadáver.
 
Morais fez isso nas imediações do shopping Bonsucesso e depois voltou de ônibus para o local onde estava seu carro, fugindo na sequência para o Paraguai, onde possuía conhecidos. É preso pela polícia paraguaia 45 dias depois do fato, quando então retorna ao Brasil. Na ocasião, ele estava com documentos suspeitos e com a fisionomia mudada, usando barba e óculos.

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