Em sessão do Tribunal do Júri realizada na capital paulista nesta terça-feira (23/4), o MPSP obteve a condenação de Guilherme Lozano de Oliveira por homicídio triplamente qualificado (feminicídio praticado por motivo torpe e com emprego de meio cruel) e ocultação de cadáver. Com os jurados acatando por maioria todas as teses da Promotoria, o réu foi sentenciado à pena total de 20 anos e um mês de reclusão e pagamento de 16 dias-multa. 

De acordo com a denúncia, em junho de 2015 Oliveira matou Kely Cristina de Oliveira, de quem era sobrinho e com quem morava. Em certa ocasião, os dois se desentenderam e o réu resolveu se vingar. Ele asfixiou a tia usando os próprios braços. Depois, esquartejou o corpo da vítima e colocou partes na geladeira, desaparecendo com os membros superiores. O réu ainda desobedeceu ordem de parada dada pela Polícia Militar, dirigindo um veículo e fugindo em alta velocidade, até colidir com um poste.

Como o condenado é tecnicamente primário (cometeu este segundo crime quando ainda não havia esgotado os recursos de condenação anterior), poderá progredir para o regime semiaberto depois do cumprimento de apenas dois quintos da pena. A promotora de Justiça Claudia Mac Dowell, que atuou no júri, já interpôs recurso visando ao aumento da pena.