O Ministério Público de São Paulo obteve, na última sexta-feira (3/5), a condenação de José Ivanildo Mattos e Luiz Fernando Mariano pela prática de tentativa de homicídio triplamente qualificado e lesões corporais gravíssimas contra a Elmer Ribeiro Costa. A sessão plenária do júri aconteceu no Fórum da comarca de Getulina, condenando Mattos a 16 anos e cinco meses de reclusão, em regime inicial fechado, e Mariano a  sete anos, seis meses e 15 dias de reclusão, em regime inicial semiaberto. Os réus não poderão recorrer em liberdade.

De acordo com a denúncia, no dia 14 de dezembro de 2015, por volta do meio-dia, Mattos e Mariano, assim como dois adolescentes, se juntaram com a intenção de matar Costa. Após ver uma mensagem trocada pela esposa e por Costa, Mattos passou a desconfiar que os dois poderiam ter uma relação extraconjugal, decidindo matar a vítima. Para isso pediu ajuda aos outros três envolvidos.

Após aceitar o convite para cometer o crime, Mariano ligou para o número de celular da vítima e simulou contratar um serviço de pintura, marcando de se encontrar com Costa em um local propositalmente isolado, em frente à Faculdade de Tecnologia na cidade de Lins. Enquanto Mariano distraía a vítima, Mattos e os adolescentes se aproximaram de surpresa, atacando Costa.

Passaram a espancar a vítima com socos e chutes, utilizando ainda porretes, pedaços de pau a barras de ferro. Em seguida, colocaram Costa no porta-malas do carro e rumaram até uma propriedade rural que fica no quilômetro 15 da estrada vicinal Mario Covas, que liga Lins à Guaimbê, próximo a um rio. No local continuaram a espancar a vítima com chutes, socos, golpes com cassetete e outros objetos. Em seguida, Mattos apanhou uma tesoura que trazia no carro e passou a furar a vítima com este objeto, inclusive seus olhos.

Depois disso, os envolvidos, pensando que a vítima havia morrido, a deixaram lá. Costa foi salvo porque pessoas avisaram a Polícia Militar. Os ferimentos sofridos foram classificados como lesões corporais de natureza gravíssima. 

Mattos ainda retornou para sua residência e agrediu violentamente sua esposa, crime pelo qual está respondendo na comarca de Lins.

​O júri foi presidido pelo juiz Heitor Moreira de Oliveira, tendo atuado pelo Ministério Público o promotor de Justiça da comarca de Getulina, Rodrigo Nunes Laureano.