Em relatório apresentado recentemente ao procurador-geral de Justiça, Gianpaolo Smanio, a Subprocuradoria-Geral de Justiça de Políticas Criminais indica que, mais uma vez, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) bateu recordes. Em 2018, foram realizadas 157 operações em todo o Estado, o que representa uma média de uma operação a cada pouco mais de dois dias. Foram 43 operações a mais em comparação com o ano de 2017.
Contando com a atuação de 65 promotores de Justiça, em 2018 o Gaeco promoveu 1.155 buscas e efetuou 1.533 prisões, sendo que, em 2017, esses números foram de 880 e 1.339, respectivamente. Só de indivíduos ligados à organização criminosa PCC, foram 983 prisões realizadas no ano passado. Ainda em 2018, o Gaeco apresentou 297 denúncias contra 1.696 pessoas, enquanto que em 2017, esse número foi de 1.002. Dos denunciados em 2018, 233 eram agentes públicos.
No mesmo período, a atuação do Gaeco resultou na apreensão de R$ 50 milhões, o dobro do valor apreendido no ano anterior, além de 16 toneladas de entorpecentes.
Os vultosos números que vêm sendo obtidos pelo Gaeco foram em boa parte possibilitados pelo enfrentamento da atividade criminosa organizada em sua tríplice vertente, combatendo a atividade criminosa, a lavagem de dinheiro e a corrupção de agentes públicos, meta que permanece norteando as ações do grupo em 2019. Este ano, o Gaeco segue ainda priorizando o combate aos crimes contra a Administração Pública, a investigação patrimonial, a constrição de bens e a responsabilização pelo crime de lavagem de dinheiro, assim como o enfrentamento de esquemas de sonegação fiscal, especialmente as fraudes estruturadas.
Outro fator que contribui para uma atuação ainda mais eficiente do grupo foi o ato normativo publicado pela Procuradoria-Geral de Justiça em 7 de outubro de 2017, que trata da atuação integrada entre promotores do Gaeco e do Patrimônio Público. O instrumento está sendo aplicado para que o Gaeco trabalhe de maneira cada vez mais firme e qualificada contra as organizações criminosas, que se associam a agentes públicos para delinquir.