espaço

Tuesday , 28 de may de 2019

A pedido do MPSP, Justiça afasta professora acusada de agredir alunos em Paranapanema

Relatos foram apresentados por pais e outras professoras
Relatos foram apresentados por pais e outras professoras

Atendendo a pedido apresentado pelo MPSP em ação civil pública, a Justiça concedeu liminar determinando o afastamento de Kelli Cristina Sene do cargo de professora de creche municipal em Paranapanema. A servidora maltratou crianças que estavam sob seus cuidados durante o exercício da função. A ré vinha agredindo as crianças desde o ano de 2016, conforme procedimentos do Conselho Tutelar e relatos de pais e de outros professores. 

De acordo com a petição inicial, assinada pelo promotor de Justiça Marlon Roberth de Sales, o pai de uma criança autista aluna de Kelli relatou que, em 2016, o filho "teve uma mudança repentina de comportamento, ficando sempre nervoso e às vezes chorando quando se aproximava o horário de ir para a escola". Segundo o relato, a criança voltou para casa duas vezes com arranhões em seu corpo. Questionado sobre o que tinha ocorrido, o menino disse que “a tia Kelli tinha feito isso com ele”. 

Ainda em 2016, professoras e monitoras relataram à Coordenação da unidade que presenciaram agressões da professora Kelli contra duas crianças. Em um dos casos, a ré puxou o colchonete onde estava uma criança, que bateu a cabeça na parede. 

Já no ano 2017, o Conselho Tutelar de Paranapanema recebeu várias denúncias de mães relatando que seus filhos estavam sofrendo agressões físicas e psicológicas dentro da escola da Serrinha da Prata. "Segundo apurado pelo Conselho Tutelar, a professora Kelli gritava muito com os alunos, não os deixava ir ao banheiro e teria dado um tapa em um dos alunos (...)", diz a ação.

Em 2019, o Conselho Tutelar de Paranapanema recebeu denúncias de agressões físicas e psicológicas cometidas pela ré contra crianças na creche Eni Franco Larini II. Outras funcionárias da unidade de ensino confirmaram que Kelli dava chacoalhões nos alunos e forçava-os a dormir "pressionando-as com força nas pernas". 

Além da liminar já concedida, o promotor pediu que Kelli seja condenada pela lei de improbidade administrativa.


Núcleo de Comunicação Social

Ministério Público do Estado de São Paulo - Rua Riachuelo, 115 – São Paulo (SP)
[email protected] | Tel: (11) 3119-9027 / 9028 / 9031 / 9032 / 9039 / 9040 / 9095
espaço
espaço

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Rua Riachuelo, 115 - São Paulo - CEP 01007-904 - PABX: 11 3119.9000

Horário de Atendimento: das 9h às 19h

Todos os direitos reservados

 
espaço