Denunciado pelo Ministério Público de São Paulo, um homem foi condenado na última quarta-feira (5/6) pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, estupro de vulnerável, cárcere privado, lesão corporal e posse ilegal de arma de fogo, praticados no município de Aspásia. A pena imposta ao réu foi de 71 anos, cinco meses e dez dias de reclusão, mais cinco meses e 25 dias de detenção, em regime inicial fechado, mais pagamento de 15 dias-multa. O acusado não poderá recorrer em liberdade.
De acordo com a denúncia, apresentada pelo promotor de Justiça Eduardo Wanssa de Carvalho, em janeiro de 2018 o réu praticou ato libidinoso contra um menino de um ano e seis meses, e, para assegurar a ocultação do crime, matou a criança. Na mesma data, o homem privou sua companheira da liberdade mediante cárcere privado e agrediu-a. A mulher, com quem o réu convivia há quase dois anos, era a mãe da criança vítima de estupro e homicídio.
Ao chegar em sua residência, a mulher percebeu que o filho, que ficara na companhia do condenado, estava deitado de bruços no colchão da sala, com o abdômen machucado e em estado grave de saúde. Antes que conseguisse sair para buscar ajuda, ela foi surpreendida pelo réu, que a agarrou pelo cabelo, levou-a até o banheiro e encostou uma arma de fogo em sua cabeça, impedindo qualquer atitude em assistência à criança.
"Em seguida, trouxe-a de volta para a sala, deu uma coronhada em sua cabeça e vários chutes na perna (...). Ainda, disse-lhe: 'não grita porque se você gritar e os vizinhos ouvirem eu vou te matar'", diz a denúncia.
O réu manteve a vítima sob ameaça por horas, até permitir que uma ambulância fosse chamada para socorrer a criança, desde que ela não falasse a verdade, mas sim que a criança havia caído da pia da cozinha.
O júri foi realizado no município de Urânia.