Na última semana, dois homens denunciados pelo MPSP por feminicídio foram condenados em Mogi das Cruzes. Em um dos casos, Ronaldo Moreira foi sentenciado a quase 25 anos de prisão pela morte de Kelly de Paula Novais, ocorrida em abril de 2016. Já Michel Flor da Silva recebeu pena de 45 anos e quatro meses de reclusão por ter estuprado e matado, em outubro de 2018, a vítima Rayane Paulino Alves. Ambos os réus começarão a cumprir as penas em regime fechado.
Segundo a denúncia, apresentada pelo promotor de Justiça Leandro Lippi Guimarães, Moreira e Kelly tiveram um relacionamento amoroso quando o réu já convivia em união estável com outra mulher. Após saber que a vítima estava grávida dele, Moreira atraiu Kelly para um motel, onde permaneceram por algumas horas. Ao sair do local, o réu asfixiou a vítima, abandonando o cadáver totalmente despido na Rodovia Mogi-Dutra. Moreira foi condenado pelo feminicídio, vilipêndio ao cadáver e aborto.
Já Silva, denunciado pelo promotor de Justiça Guilherme Castanho Augusto, conheceu Rayane na rodoviária de Guararema e ofereceu a ela uma carona até Mogi das Cruzes. No trajeto, porém, o réu parou o veículo que dirigia e resolveu estuprar a vítima. Após a consumação do crime, Rayane disse ao denunciado que relataria o fato ao pai, que era policial, e tentou fazer uma ligação telefônica. Para impedí-la, Silva aplicou um “mata-leão” na vítima, deixando-a desacordada. Decidido a matar a jovem, o homem dirigiu o carro até um matagal e usou um cadarço para asfixiar Rayane. O Judiciário condenou silva por feminicídio triplamente qualificado, estupro e ocultação de cadáver.
O promotor de Justiça José Floriano de Alckmin Lisboa Filho atuou em ambos os júris.