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Friday , 18 de october de 2019

A pedido de Promotoria de São Roque, Judiciário afasta prefeita de Araçariguama por seis meses

Liliana Bechara e o marido são réus em ação por improbidade
Liliana Bechara e o marido são réus em ação por improbidade

O Ministério Público de São Paulo obteve, nesta quinta-feira (17/10), liminar afastando Liliana Bechara do cargo de prefeita de Araçariguama pelo prazo de seis meses. O pedido havia sido feito em ação por improbidade administrativa, ajuizada pelos promotores de Justiça de São Roque Suzana Peyrer Laino Ficker, Wilson Velasco Junior e Washington Luiz Rodrigues Alves. Carlos Bechara, marido de Liliana e ex-prefeito do mesmo município, também figura no polo passivo da ação.

Segundo o apurado em inquérito civil, Bechara já foi condenado em outra ação por improbidade administrativa, ficando inelegível até 2030. Apesar disso, após a eleição de Liliana, é Bechara quem vem desempenhando de fato as funções de prefeito de Araçariguama. Relatos fornecidos à Promotoria por vereadores deram conta de que a liderança municipal ainda é exercida por Bechara, sendo que a prefeita eleita apenas corrobora as decisões do marido. "Relataram que a prefeita nunca está sozinha em reuniões com vereadores, e Carlos é quem toma as rédeas do que precisa ser tratado em assuntos municipais", diz a inicial da ação.

Em diversas postagens em redes sociais, Bechara aparece em inaugurações de obras no município, bem como em frequentes viagens para Brasília, declarando estar indo em busca de recursos para o município.

Deixando claro quem realmente exerce a liderança do Executivo de Araçariguama, Bechara foi preso em flagrante na última segunda-feira logo após receber vantagem indevida de Edna Leão dos Santos Simões, empresária interessada em se estabelecer no município por meio de cooperativa habitacional. Junto com Israel Pereira da Silva, secretário de Finanças de Araçariguama. Bechara vinha efetuando conversas com Edna, criando dificuldades para expedição de alvará de instalação no município enquanto a empresária não pagasse a quantia de R$ 2 milhões. 

De acordo com a Promotoria, Bechara era quem negociava com a vítima, fazendo exigências. O ex-prefeito foi detido na sala que mantinha no interior da Prefeitura de Araçariguama, de onde encabeçava as negociações. A prisão do ex-prefeito foi um dos elementos levados em consideração pela Justiça ao conceder a liminar.

No mérito da ação, os promotores pedem a condenação de Liliana e de Bechara com base na da Lei Federal n° 8.429/92, envolvendo o ressarcimento do valor total da lesão causada ao erário.


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