Denunciado pelo MPSP, José Freitas Alves foi levado ao Plenário do Júri em Pompéia e condenado a 35 anos de reclusão, em regime inicial fechado, por duplo homicídio com duas qualificadoras (motivo torpe e com recurso que impossibilitou a defesa das vítimas). A sentença determina ainda ao réu a perda da função de policial militar. Alves matou a tiros sua ex-companheira Heloísa de Lima Ruano e também Wilson José Santana Junior, com quem ela estava se relacionando na época dos fatos. Os crimes foram cometidos em outubro de 2014. 

De acordo com a denúncia, apresentada à Justiça pelo promotor Artur Maldonado Gonzaga, após se desentender com Heloísa a respeito da criação da filha que tinham em comum, Alves foi até a residência da vítima, arrombou a porta da cozinha e entrou no local com a sua arma em punho. Ele atirou três vezes contra a ex-companheira. Em seguida, o réu foi até o quarto em que Santana Junior estava escondido e o atingiu com cinco tiros. A arma usada no crime era da Polícia Militar.

Para a Promotoria, Alves agiu com o sentimento de vingança e de ciúme. "Os crimes em pauta foram praticados por motivo torpe, eis que o ora denunciado imbuído do sentido de vingança e/ou de ciúme, matou as referidas vítimas, vez que, não se conformando em ser abandonado e desprezado pela vítima Heloísa, que iniciou um novo relacionamento amoroso com a vítima Wilson, as matou por desforra ao saber que elas (vítimas) iriam se mudar para outra cidade", diz a denúncia. 

Ação penal de número 0002579-96.2014.8.26.0464.