Preocupado com o avanço do incêndio que nos últimos dias já destruiu mais de 530 hectares de áreas ambientalmente protegidas da Serra da Mantiqueira, divisa do sul de Minas Gerais com os municípios paulistas de Cruzeiro, Lavrinhas e Queluz, região onde se situa a Pedra da Mina, o Ministério Público, por meio do Núcleo Paraíba do Sul do Grupo de Atuação Especial de Meio Ambiente (Gaema), secretariado pelo promotor Laerte Fernando Levai, e da Promotoria do Meio Ambiente de Cruzeiro, coordenada pelo promotor Gianfranco Silva Caruso, solicitou providências e auxílio técnico a órgãos estratégicos.
Sem prejuízo das numerosas medidas de combate ao fogo que já vêm sendo tomadas pelo Corpo de Bombeiros e Comando da Aviação da Polícia Militar de São Paulo no período de estiagem, o Gaema solicitou informes detalhados à base da Polícia Ambiental de Guaratinguetá, ao Núcleo do ICMBio em São José dos Campos e também, ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Dentre as solicitações feitas pelo Ministério Público aos órgãos, em caráter de urgência, estão os dados obtidos por imagens de satélite acerca da área afetada e possíveis medidas de apoio para combate ao incêndio florestal, e dados relativos à dimensão da área afetada, aos impactos ambientais ocasionados à flora e à fauna, assim como a respeito da identificação do local de origem do fogo e sua provável causa.
O acompanhamento por parte do MPSP vem sendo feito, a princípio, no âmbito do Procedimento Administrativo de Acompanhamento nº 21/2018, aberto justamente para acompanhar o combate de queimadas e incêndios florestais em unidades de conservação do Vale do Paraíba.