Cinco investigados na Operação Rufião e denunciados pelo MPSP foram condenados pela 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital, em sentença de 25 de agosto. Em decorrência dos crimes de organização criminosa, receptação qualificada e adulteração de sinal identificador de veículo, o Judiciário impôs penas de três a 17 anos de prisão a Antônio Paulo Duarte Teixeira, Dilceia Martins Santos, Adriano Pereira da Silva, Régis José Reche e Paulo Rogério do Amaral Castro.

Segundo o apurado, os réus faziam parte de organização criminosa voltada à prática de receptação de veículos e venda das respectivas peças. Os criminosos recebiam os carros de intermediários, sendo que se tratavam de automóveis frutos de delitos patrimoniais e fraude às seguradoras. Integrantes da quadrilha retiravam as peças, posteriormente comercializadas em lojas da zona sul da capital paulista. De acordo com as investigações, lojistas financiavam o bando a partir da compra reiterada dos produtos, vendidos também a particulares pela internet.

Dos cinco condenados, três permaneceram com as prisões preventivas decretadas após a sentença.

A Operação Rufião foi deflagrada em fevereiro de 2020 pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela Corregedoria da Polícia Militar. Na ocasião, as autoridades prenderam seis pessoas (quatro civis e dois militares), bem como a apreenderam 24 veículos (21 com identificação e três sem), duas armas e R$ 59 mil em cheques.